quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

5) E O FUTURO!?...

O Sol aumenta de luminosidade à medida que envelhece, aquecendo a atmosfera terrestre. Daqui uns 700 milhões de anos, a Biosfera morrerá - talvez nossa Ciência e Tecnologia permitam que nossos descendentes escapem dessa tragédia planetária. No fim das contas, a linguagem simbólica, que produziu tanta matança, talvez possa resgatar a rica experiência da Biosfera e transportá-la para um abrigo seguro em um planeta distante. Daqui uns 5 bilhões de anos, o Sol inchar-se-á em forma de Gigante Vermelha (conforme a foto) , expelindo um linda nebulosa planetária. Seu "cadáver" contrair-se-á numa bola escura, milhões de vezes mais densa que o ferro. Impulsionado pela Energia Escura, o universo continuaráse expandido de forma acelerada, ficando cada vez mais rarefeito, frio e escuro... Indefinitivamente ?!...
Num Universo em que os próprios astros são transitórios, a humanidadenão é mais que um brevíssimo capítulo. Embora microscópica no tempo e no espaço, é ela, entretanto, quem conta esta grande história; nós contemos o Universo que nos contém.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ao Professor Osmar. Em resposta a sua pergunta ...

(peixe-leão - Familia: Scorphaeanidae)

Em uma abafada manhã de segunda-feira as aulas começaram... Todos os alunos presentes na sala a espera do professor que acertava o caderno de chamada e tentava adivinhar quais alunos coincidiam com os nomes que ele estava lendo. Quando chegou a minha vez fiquei um pouco acanhado pela pergunta que seguia logo após o pronunciamento do meu nome. O professor havia me feito uma pergunta: “Porque você faz Biologia...?”

Hesitei em responder o que eu realmente vinha mentalizando porque eu sabia que a resposta a altura dessa pergunta não é assim tão simples! Grotescamente respondi assim: “eu faço biologia porque eu gosto...”. Certamente uma resposta assim não é convincente, não abrange em nada o que significa a Biologia; Porém no momento era ou talvez fosse a resposta mais adequada. Enquanto os demais colegas davam continuidade as suas respostas, me concentrei agora nas minhas: Biologia pra mim significa o mundo, o universo a ciência. Significa a capacidade de interrogação do homem em toda sua plenitude e toda a sua abrangência de reflexão. Desde que surgimos o mundo nunca mais foi o mesmo e certamente tomou um rumo imprevisível do qual somente nós conseguiremos direcioná-lo; Desde que começamos a falar, fabricar ferramentas e andar sobre duas pernas a nossa percepção dessa realidade se modificou de tal forma que jamais imaginamos e com isso adveio também a mudança de todos o ambiente que influenciamos e a mudança de todos os organismos que nos acompanharam nessa imensa epopéia da nossa Evolução.

(Cnidae)

A Biologia em sentido vai muito mais além do que o complexo estudo da Vida; ela significa uma percepção da realidade totalmente holística, onde compreende desde a existência da mais ínfima partícula de matéria até o universo ainda não observável e a relação mútua no desenrolar de todas as interações organismos/matérias que seguiram que seguem e que seguirão na longa Jornada da incessante Evolução. Quando falamos de Vida aqui, e possivelmente em outras regiões do Universo – estamos falando de um enorme concerto de Jazz! Enquanto a matéria inanimada segue a rigorosidade de uma partitura, onde é necessário seguir o compasso corretamente senão o concerto não será executável para o resto da orquestra; onde é necessário fazer silêncio no compasso quando é preciso, onde é necessário seguir a notação musical para fechar os tempos devidamente... A Vida é o improvisador no concerto de Jazz: no desenrolar de toda música ele inventa, toca muitas notas ou permanece sustentando a nota, mas nunca fora de ritmo ou errando o tempo determinado pela fração musical! Vida significa isso: improvisação, elasticidade, adaptação. Quando se fala em uma ciência da Vida precisamos lidar com a probabilidade, o acaso, a emergência, ou seja: toda a abrangência cósmica da Vida, toda a empolgante e maravilhosa sinfonia do universo vivo que fazemos parte !

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

UM REGISTRO VIVO DE MAIS DE 436 ANOS...


As supernovas ocorrem quando uma estrela enorme e madura fica sem combustível e sofre um colapso catastrófico e explosivo em si mesma. O limiar da explosão - denominado "shock breakout" (algo como erupção de choque) - é uma onda de energia que se espalha pelo espectro de freqüência. Em 18 de fevereiro deste ano, uma sonda sentinela americana, o telescópio Swift, captou uma liberação de raios gama em uma galáxia em formação há cerca de 440 milhões de anos-luz, na direção da constelação de Áries. Essa explosão foi verificada e constatada por Tycho Brahe no ano de 1572 e somente agora podemos ver que Brahe realmente estava certo nas suas medições do céu !


Um céu limpo a todos !

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

MÚSICA !


Naquela noite a igreja São José estava lotada. As pessoas se aglomeravam pelos corredores e os últimos que estavam perto da porta já se colocavam em pé nos bancos para tentar enxergar a orquestra que estava se arrumando e dando os ajustes finais para a apresentação. Os músicos pareciam empolgados; alguns conversando em grupos com os instrumentos às mãos, outros ensaiando a parte mais difícil da sinfonia, outros afinando nos mínimos detalhes e mentalizando, lendo a partitura concentrados na parte que cabia a eles executarem. O ar gélido e úmido da noite deixava as pessoas atônitas - a umidade e o frio faziam um clima perfeito de uma noite de inverno europeu do século 18 onde o teatro local iria arrendar os melhores músicos para apresentar a sinfonia que iria estrear naquele momento tão esperado por todos... Enquanto o maestro conversava com o spalla, os demais músicos se colocavam em suas cadeiras esperando o toque do diapasão para afinar definitivamente os seus instrumentos... E como sempre era o maestro que faltava para começar a apresentação – ele estava na sacristia ajeitando o terno e conversando com o pessoal do som para não dar muito eco dentro da igreja e se preocupando com a acústica do local.
A senhora na minha frente reclamava o tempo todo da falta de espaço e que o banco estava atravessado atrapalhando a visão dela sobre a orquestra. Um senhor a uns três bancos atrás de mim não parava de tossir. Finalmente depois que o barulho das conversas e os murmúrios cessaram, a igreja contendo mais de 300 pessoas se acomodou; parecendo ali como se não tivesse uma só alma viva naquele lugar! Todos em extremo silêncio esperando a apresentação. O maestro saiu lá de dentro concentrado por reger uma das melhores orquestras do país... Quando cumprimentou a todos com um leve aceno com a cabeça, se prostrou de costas para a multidão e o anunciante falava serenamente ao microfone o que iria se escutar naquela noite chuvosa e fria. Iriam executar a Sinfonia Concertante em E menor de W.A.Mozart – essa maravilhosa sinfonia foi feita sob encomenda por um nobre francês em pleno século 18. Essa obra rara é divida em três movimentos: o primeiro allegro, o segundo um andante e um terceiro para finalizar um presto com uma harmonia alegre e empolgante; foi escrita para um dueto de uma viola rivalizando com um violino e seguindo o acompanhamento de toda a orquestra, entre arranjos e acordes que entoavam e enchiam todo o ambiente da igreja. Quando o maestro levantou as mãos, imediatamente todos os músicos incorporaram uma atenção espetacular de prontidão esperando o aceno definitivo para o começo da execução. Ao descer as mãos o maestro parecia querem voar livremente gesticulando conforme o andamento da musica: um allegro cheio de vida! As pessoas em seguida adquiriram uma expressão de contentamento, resultado da melodia viva e alegre que emanava de toda a orquestra. Todas as pessoas estavam concentradíssimas admirando a atuação de todos os músicos – desde os primeiros violinos, o spalla, os contra baixistas... Aquela melodia era divina, combinava com tudo dentro da igreja – até nos esquecemos do ar gélido que corria na rua naquela hora da noite. Quando o primeiro movimento havia terminado e o segundo já estava nas partituras do maestro o silêncio tomou conta de tudo novamente. O segundo movimento era triste... Um andante triste e pesado que agora combinava com o frio mórbido e a chuva intensa que alagava a entrada da igreja e gotejava forte contra os vitrais dando um aspecto fantasmagórico nos rostos dos santos ali retratados...E para finalizar o presto alegre novamente - como se o maestro quisesse dizer para todos esquecerem o frio e a chuva. Aquilo encheu novamente de alegria a igreja; todos estampando timidamente a vivacidade daquela melodia... Ao término da apresentação: somente a última atuação da última nota dentro do compasso e um grito de “ bravoooooooo” logo atrás. É... realmente sem dizer uma só palavra a orquestra conseguiu expressar o sentimento bonito que uma boa música nos traz. Como dizia Beethoven: “ somente a música tem o poder...”

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Estamos Sozinhos ?


(seria uma lânima de neurônios ou a distribuição das galáxias no espaço?! )
Essa é a grande pergunta que se faz quando se fala nesse tipo de assunto! Onde estão todos os outros? Será que somos os únicos seres pensantes capazes de refletirmos sobre a nossa existência e nossa Evolução e a dos demais seres que co-habitam esse planeta conosco? Aliás, até agora encontramos sempre mais perguntas do que respostas – uma questão dessa porfia exige argumentos científico-filosóficos a respeito de tudo que existe. Certamente que daria muitos debates acirrados pendendo para os dois lados: os que acham que há vida fora da Terra, e os outros que acham que não há vida fora da Terra. Mas uma coisa é certa, é que a ciência afirma, baseada em evidencias experimentais: tudo no universo é constituído de átomos, esses que estão por toda a parte. Átomos de hidrogênio, átomos de carbono, átomos de silício. Os mesmos átomos que somos constituídos são produzidos nas fases estelares, durante os seus ciclos de existência; que primeiramente na fase de formação são constituídas por grande nuvens de hidrogênio que se aglomera mais ao centro pelo colapso gravitacional e emitindo luz e que durante os processos que regem a meia vida dessa estrela são produzidos os átomos mais pesados que conhecemos. Ou seja: somos poeira das estrelas...não somente nós, mas todos os objetos, todos os animais...o mínimo sistema vivo que pode ser considerado com essa denominação necessita dessas partículas que são produzidas unicamente nas estrelas. Devemos as nossas Vidas a Elas!
Os gregos atomistas tinham razão em afirmar que tudo era constituído de partes mínimas, montados como blocos precursores de matéria ...mas eles não sabiam que os átomos eram ainda formados de objetos ainda menores.
Seria um desperdício de espaço pensar que somos os únicos no Cosmos. Afinal: as moléculas que vagueiam nas nuvens moleculares interestelares também são constituídas de moléculas que também nós somos feitos. Seria então uma questão de tempo para a formação de sistemas vivos, de organismos que poderiam levar essa denominação, que poderiam carregar agora um denominação de Vida! Tempo, é a chave para o entendimento de todos esses processos que levam até nós e também, possivelmente, de outros seres capazes de reflexões semelhantes a respeito de tudo isso ou até mais com uma tecnologia muito mais avançada – somos apenas um estágio de todo o processo entrópico e evolucionário do universo.
O universo é algo grande... algo que as nossas unidades de medidas não fazem o menor sentido para tentar medir algum parâmetro de quão longe e quão imenso é o lugar onde moramos. Ainda não temos uma tecnologia para avistar os objetos mais distantes que os atualmente conhecidos...a ciência e o conhecimento caminham com passinhos lentos. A distância entre os corpos que constituem o meio interestelar é magnificamente grande! A estrela mais próxima de nós é Alpha Centauri, a luz leva 4,3 anos para chegar até nos..ou seja teríamos que viajar 4,3 anos na velocidade da luz para chegarmos nela... E viajar na velocidade da luz é impossível, pelo menos agora, para a nossa tecnologia atual; com as máquinas construídas atualmente para possíveis missões assim, elas levariam alguns bocados de anos para chegar na vizinhança do Sol. Pois é ..estamos fadados a não se comunicar com os outros nossos irmãos intergalácticos...confinados em nosso planeta pela nossa adolescência tecnológica, e infelizmente pelas incomensuráveis distâncias dos objetos no universo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

...Um sonho jesuíta






















Olhando pela janela do ônibus eu pensei comigo: “ como o nosso planeta ficou pequeno, e como nós o modificamos...” Desde o neolítico, quando a nossa espécie inventou um monte de coisas: desde a roda ao arado, agricultura e a organização social altamente complexa característica única nossa; de lá para cá modificamos o nosso ambiente em que vivemos. Tornamo-nos os “senhores” desse grão de pó flutuante no espaço ... Ocupamos quase todos os recantos do nosso planeta e isso implica a facilidade de deslocamento e o encurtamento das distâncias e uma abrangência de espaços em função do desenvolvimento das nossas tecnologias. Tudo ficou mais rápido, mais perto ...Das nossas plantações e criações de alguma cabeças de gado no passado, à inúmeras faixas de terra cultivadas e inúmeras, talvez até mols de cabeças de gado !
Toda a paisagem de Santo Ângelo das Missões se mostrava totalmente recortada por faixas cruzadas de floresta nativa, o pouco que sobrou da original em função da agricultura. Pelo que vi pela janela do bus e pude distinguir aos poucos, pela velocidade que o ônibus passava, que eram plantações de trigo (Triticum spp) , milho (Zea spp.) e girassóis (Helianthus annuus) . Longas e extensas faixas de perder de vista ao longe e todas assim: todas recortadas e repletas de lavouras divididas por essas faixas do pouquinho de floresta que sobrou. Quando éramos tribos que sustentadas pela caça local e uma agricultura medíocre, tínhamos um pouco mais do que alguns metros de cultivos que daria a subsistência a nossa família e ajudava na relação e fortalecimento do nosso grupo pela troca e escambo. Hoje, as nossas plantações cobrem hectares e mais hectares - modificamos amplamente o ambiente! E elas não pertencem a grupos, e sim a alguns donos; alguns afortunados proprietários de faixas astronômicas de terras...Isso acarreta uma série de complexas adversidades políticas envolvendo muitos partidos, cada um reivindicando um pedaço daquela terra.
Toda a espécie tenta se manter no seu ambiente, modificando-o de acordo com as suas necessidades: todos os organismos fazem isso ... Certamente aquela região, antes da ocupação humana, tinha uma biodiversidade que hoje se encontra só os resquícios, alguns capões que ainda guardam a beleza de antigamente quando as modificações inatas à natureza aconteciam naturalmente; não quer dizer que não sejam bonitas as extensas terras douradas pelas folhas amareladas do trigo e o verde vivo das folhas do pé de milho que nos encanta ao reflexo dos raios do sol e a beleza instigante dos girassóis todos virados para a fonte de luz ...
Ao longo de toda a história das ocupações humanas em todo o nosso planeta, certamente uma dessas relações, uma das mais importantes já ocorridas foi acarretada por duas nações que no passado mostravam o seus esplendores em navios e conquistas pelas terras “descobertas”. Essas nações eram Portugal e Espanha. Certamente eles não seguiram seus próprios mapas que nessa época, no auge resplandecente da renascença do século XV se tinham; e sim seguiram os passos deixados pelas frotas Chinesas dos comandantes Hong Bao e Zhou Man que passaram pela América uns 30 anos antes da “descoberta” dos europeus.
A Reforma de Martinho Lutero estava sacudindo a Europa nessa época. E a Igreja católica exigia alguma mudança em relação a isso - o clima político europeu era conturbado, marcado por guerras e disputas políticas e religiosas que derramaram o sangue de muita gente. Surge então a idéia de construir o Vaticano, a Companhia de Jesus era criada e a contra-reforma tomava volume para enfrentar a crise entre cristãos e cristãos reformados. Os jesuítas logo se adiantaram quando Inácio de Loyola, em 1540, criara essa ordem monástica, enviando os padres à missões evangelizadoras pela selva a dentro sul-americana, tanto para “arrecadação” de almas como para delimitar os territórios espanhóis onde os portugueses abusados já estavam tomando conta fundando colônias e adquirindo espaços em solo espanhol. Esses redutos tinham o objetivo tanto militar quanto religioso - e os jesuítas se auto diziam os soldados de Cristo - realmente eles tinham razão. Nessa época não deveria ser nada fácil a conquista desses lugares tomados de floresta e índios desconfiados daquela gente branquela e de hábitos estranhos; em um calor e úmido da densa floresta aqueles homens de fala mansa, vestidos com umas roupas longas de cor preta levando consigo uma cruz e extremamente inteligentes; dominado conceitos desde a culinária, astronomia, arquitetura e matemática até o domínio do idioma Tupi-guarani, que foi um fator fundamental para a catequização.
Hoje se encontram somente ruínas do que fora um modelo de república dentro de uma monarquia absolutista; pode-se dizer que idéias de Marx e Angels dominavam a cena muito antes deles aparecerem; as Missões eram constituídas por trabalho sistematizado, as moradias organizadas em lotes apropriados; onde existia ateliês, oficinas, esculturas, hortas e pomares e muita oração. As missões para os jesuítas eram muito mais do que um conquista política-territorial, era certamente um sonho; um sonho acalentado desde a partida da Europa; onde realmente eles poderiam agregar o rebanho de Cristo (ad maiorem gloriam Dei) Aqueles índios mansos de olhares curiosos ..talvez prontos ou não para terem um choque cultural que eles jamais iriam se recuperar!
No espetáculo de Luz e Som apresentado no local revive as glórias do império Guarani, dos ideais de educação que hoje nosso país não conhece; dos ideais revolucionários do Sepé Tiaraju, onde ele morreu com uma lança encravada nas costas e uma bala nos peitos ..morreu reivindicando um direito indígena: Esta Terra Tem Dono ! ...As luzes falam as palavras talvez ditas pelos padres incríveis e pelos índios artistas e músicos que lá viveram e presenciaram uma das maiores chacinas da história da nossa espécie: a Guerra Guaranítica.
Um sonho acalentado por tanto tempo, um reduto cuidado com tanto carinho e dedicação e justamente por causa dos interesses políticos regentes na época foi-se por água abaixo... Os padres deixaram um legado cultural impressionante - uma experiência de vida sem igual em contato com os índios que tanto eles amavam. Os índios nos deixaram uma Vida de arte, de simplicidade e dedicação. Hoje podemos conferir tudo isso em cada pedra encaixada das ruínas; em cada índio que vende o seu artesanato, em cada silêncio que nos fala pra quem sabe escutá-lo que ali viveram uma população exorbitante de pessoas regidas por dois padres que escreveram uma das mais incríveis e impressionantes páginas da história do nosso Estado!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Pulvis stellarum sumus ! .... potes credere!


A nossa espécie certamente é a maior pressão seletiva no planeta; desde os processos climáticos até as demais espécies que convivem conosco estão mudando. Estamos acelerando os processos inerentes à Natureza, como extinções em massa, inundações e catástrofes; antes tidas como eventos naturais no decorrer dos milhares de anos. Mas atualmente as aceleramos em um ritmo nunca acontecido, e sem dúvida cronometramos a nossa extinção em uma contagem regressiva. Para muitos cientistas, a colonização de planetas será uma realidade um tanto necessária, devido às condições de sobrevivência que encontraremos aqui, no nosso planeta, em função dessas mudanças abruptas. Mas para isso ocorrer será necessário muito empreendimento conjunto e poucos serão os afortunados a encontrar outro refúgio no Sistema Solar ou talvez fora dele; e ocorrerá um efeito de gargalo - um processo conhecido em Biologia Evolutiva: onde de uma população inteira, com o passar do tempo e das mudanças no ambiente, restam apenas alguns e esses colonizam um novo ambiente... A melhor solução é cuidarmos do nosso único lugar no Universo, o nosso pálido ponto azul. Em pensar que não estamos sozinhos nos enche de mistério e emoção; entender como o Universo funciona entender como toda essa estrutura se arranja de uma forma elegantemente intrincada e compreender os processos que regem todas as belezas que enxergamos em uma noite de céu limpo. Certamente não estamos sozinhos - os mesmos átomos que controlam a acidez do nosso estômago estão também presentes no Sol com o seu combustível proporcionando energia para as entidades vivas aqui na Terra. Isso comprova de que tudo no espaço contém as mesmas propriedades físicas e químicas, temos todos nós: todos os organismos, todos os átomos, todas as estrelas: uma origem comum!